domingo, 27 de agosto de 2017

Agente Penitenciário recebe "bomba" com ameaças no Paraná

Fonte: Tribunapr.com

"Isso é só um aviso. O próximo vai ser na sua cara". Esse é o teor do bilhete assinado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e encontrado juntamente com uma carga de explosivos no interior de uma caixa, endereçada a um agente penitenciário lotado na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). O artefato foi detonado por uma equipe do esquadrão antibombas do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, no pátio da PEP, na tarde de quinta-feira. Ninguém saiu ferido. O entregador do pacote foi detido e está recolhido na delegacia de Piraquara, que investiga o caso.

Por volta das 16h, o motoboy Claudeci Siqueira Prata chegou no prédio da penitenciária e informou que tinha uma entrega para o agente penitenciário Edson Vaz. Como é de praxe, o pacote foi inspecionado antes de ser entregue. Na máquina de raio x foi constatado metais dentro do pacote, o que levantou suspeitas e o esquadrão antibombas foi acionado.

Utilizando da técnica de desativação com canhão de ruptura, os especialistas do COE detonaram o pacote. Dentro dele foram encontrados massa de tiro, espécie de explosivo confeccionado com o uso de pólvora, canos de PVC acoplados, parafusos, um controle remoto e pilhas. Além desse material, estava o bilhete ameaçador.

PCC

Diante do achado, o motoboy foi retido pelos soldados do Batalhão de Guarda e encaminhado à delegacia. De acordo com o superintendente Villibaldo, o detido contou que trabalha em Colombo como entregador e que foi contratado por R$ 12,00 para fazer a entrega do pacote na penitenciária. A contratante foi uma mulher que está sendo procurada pela polícia. Claudeci foi preso em flagrante com base no artigo 16 da Lei 10826 – Lei do Desarmamento, que prevê detenção pela fabricação, posse ou transporte de produtos explosivos. O detido nega qualquer envolvimento com o crime e disse que apenas transportou a encomenda.

Uma das falhas do motoboy e da empresa em que trabalha foi não anotar o nome e o endereço do contratante do serviço. "É uma falha não identificar. Dessa maneira, armas ou drogas podem ser transportadas sem incômodo", explicou o policial.

Sobre as investigações, Villibaldo disse que a primeira providência é tentar identificar a mulher que contratou o serviço do motoboy. Ela é ruiva, aproximadamente 20 anos, e deve residir no bairro Olaria ou no Jardim Eucaliptos, em Colombo. As características foram repassadas e a polícia pretende confeccionar um retrato falado. Para o policial, a única evidência até o momento é a assinatura do bilhete: PCC. "Há homens que estiveram presos na PEP e outros foragidos que têm ligações com o PCC. Alguém pode ter ficado com mágoas e resolveu agir", completou o superintendente. Para ele, se o artefato fosse aberto, poderia explodir e causar graves ferimentos no agente penitenciário.

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